Seus bitcoins estão seguros? A verdade sobre os riscos de deixar suas criptomoedas em uma corretora.
As corretoras de criptomoedas são um alvo constante de hackers.
Se você deixa seus Bitcoins em uma corretora, você está arriscando se tornar vítima de um ataque cibernético.
Leia até o final e veja como se proteger da forma correta de ataques hackers e golpes cibernéticos.
O Risco é Real?
Deixar os seus bitcoins em uma exchange de criptomoedas, ou seja, em uma corretora, em vez de transferi-los para uma carteira (wallet) pessoal apresenta alguns riscos reais que você deve considerar.
Os principais deles são o de hackeamento e de golpes cibernéticos. As corretoras de criptomoedas são frequentemente atacadas por crimonosos.
Ao deixar as suas criptomoedas em uma corretora, você está confiando na segurança e na integridade da plataforma. Não ter controle total sobre suas chaves privadas pode ser arriscado.
Além disso, algumas corretoras podem impor restrições em contas sem aviso prévio. Isso pode resultar na indisponibilidade temporária ou permanente do acesso aos seus fundos.
Problemas técnicos, erros de software ou interrupções nos serviços da corretora também podem afetar negativamente a acessibilidade aos seus criptoativos.
Ataques Cibernéticos e Hackeamentos
As corretoras de criptomoedas são um alvo constante de hackers e estão sujeitas a ataques hackers. Se a sua corretora for comprometida, os seus bitcoins podem estar em perigo.
Em 2014, por exemplo, a corretora japonesa Mt. Gox foi hackeada e perdeu mais de 850 mil bitcoins, no valor de bilhões de dólares.
Outra forma de sua conta pessoal na corretora ficar em risco seria se suas credenciais de login fossem comprometidas por meio de phishing, malware ou outras formas de ataque.
Veja o nosso artigo: Carteiras de Criptomoedas: as melhores de 2024
Agora, falaremos sobre os principais ataques cirbenéticos e problemas graves já ocorridos em Exchanges de Criptomoedas.
O maior roubo de criptomoedas da história
O maior roubo de criptomoedas da história foi o ataque à rede Ronin, que ocorreu em março de 2022.
O ataque roubou 173.600 Ethereum e 25,5 milhões de USDC, no total de US$ 620 milhões.
A rede Ronin é uma ponte entre a rede Ethereum e a rede Ronin, que é utilizada para o jogo Axie Infinity.
O ataque ocorreu por meio de uma vulnerabilidade no sistema de segurança da rede, que permitiu aos hackers obter acesso às chaves privadas de vários operadores de nós.
Os hackers utilizaram as chaves privadas para transferir os fundos para suas próprias carteiras. Após o ataque, a rede Ronin foi suspensa e as investigações foram iniciadas.
Até o momento, os hackers não foram identificados e os fundos roubados não foram recuperados.
O primeiro grande ataque hacker contra criptomoedas
O primeiro grande ataque hacker contra criptomoedas da história foi o ataque à bolsa de criptomoedas Mt. Gox, que ocorreu em fevereiro de 2014.
O ataque roubou mais de 850.000 Bitcoins, no valor de aproximadamente US$ 460 milhões na época.
A Mt. Gox era uma das maiores bolsas de criptomoedas do mundo na época.
Após o ataque, a Mt. Gox foi liquidada e os clientes não foram reembolsados.
O ataque à Mt. Gox foi um grande golpe para a indústria de criptomoedas. O evento causou um grande pânico no mercado e levou a uma queda no preço das criptomoedas.
A corretora declarou falência alegando ter perdido cerca de 850.000 bitcoins de seus clientes devido a atividades fraudulentas e ataques cibernéticos.
Ataque Hacker à Bitfinex
O ataque hacker à Bitfinex ocorreu em 2 de agosto de 2016. Os hackers conseguiram acessar a carteira de Bitcoin da corretora e transferir 119.756 bitcoins, no valor de aproximadamente US$ 72 milhões na época.
A Bitfinex anunciou o ataque no dia seguinte e anunciou que iria reembolsar os clientes afetados.
No entanto, a corretora optou por socializar as perdas entre os clientes, reduzindo os saldos de todas as contas em 36%.
A decisão da Bitfinex foi controversa. Alguns clientes ficaram descontentes com a decisão de socializar as perdas, alegando que a corretora deveria ter sido responsável pelas perdas.
Outros clientes entenderam a decisão da corretora, reconhecendo que a Bitfinex não tinha condições financeiras de reembolsar todos os clientes afetados.
O ataque à Bitfinex causou um grande pânico no mercado e levou a uma queda no preço do Bitcoin.
Coincheck: Carteira de XEM
O ataque hacker à Coincheck ocorreu em 26 de janeiro de 2018.
Os hackers conseguiram acessar a carteira de XEM da corretora e transferir 523 milhões de XEM, no valor de aproximadamente US$ 534 milhões na época.
A Coincheck anunciou o ataque no dia seguinte e anunciou que iria reembolsar os clientes afetados.
A corretora também suspendeu os depósitos e saques de XEM até que a situação fosse resolvida.
O evento causou uma onda de medo no mercado crypto e levou a uma queda no preço do XEM.
Veja o nosso artigo: Carteiras de Criptomoedas: as melhores de 2024
QuadrigaCX: Morte de Cotten
A QuadrigaCX foi uma corretora de criptomoedas fundada em 2013 por Gerald Cotten e Michael Patryn.
A corretora rapidamente se tornou uma das maiores do Canadá, com mais de 115.000 clientes e mais de US$ 250 milhões em ativos sob custódia.
Em 9 de dezembro de 2018, Cotten morreu repentinamente de insuficiência renal enquanto estava em viagem à Índia.
Ele era a única pessoa com as chaves privadas das carteiras de criptomoedas da QuadrigaCX, o que significava que ninguém mais poderia acessar os fundos da corretora.
A morte de Cotten levou ao colapso da QuadrigaCX. A corretora suspendeu os depósitos e saques e declarou falência em fevereiro de 2019.
A QuadrigaCX foi investigada pela Comissão de Valores Mobiliários do Canadá (CVMC) e pela Polícia Montada do Canadá (RCMP).
A CVMC concluiu que a corretora cometeu várias violações da lei de valores mobiliários, incluindo a falta de transparência e a má gestão de fundos. A RCMP ainda está investigando o caso.
A transferência de 7.000 bitcoins na Binance
O ataque hacker à Binance ocorreu em 7 de maio de 2019. Os hackers conseguiram acessar a carteira quente da corretora, que contém os fundos que são usados para atender às solicitações de saque dos clientes.
Os hackers transferiram 7.000 bitcoins, no valor de aproximadamente US$ 40 milhões na época, para uma carteira anônima.
A Binance anunciou o ataque no dia seguinte e anunciou que iria reembolsar integralmente os usuários afetados. A corretora também suspendeu os depósitos e saques de bitcoins até que a situação fosse resolvida.
A Binance tomou várias medidas para melhorar a segurança da sua plataforma após o ataque. A corretora implementou novos protocolos de segurança, incluindo a autenticação de dois fatores e a criptografia de dados.
A Binance também criou um fundo de seguro para proteger os usuários de futuros ataques hackers. O fundo é financiado por uma parte das taxas cobradas pela corretora.
Sequestro do SEO da Exmo
O ataque hacker à Exmo ocorreu em 21 de dezembro de 2020. Os hackers conseguiram sequestrar o CEO da corretora, Konstantin Gladych, e o forçaram a fornecer acesso a certas chaves de recuperação.
Os hackers transferiram aproximadamente 5% dos ativos da Exmo, no valor de cerca de US$ 10 milhões, para uma carteira anônima.
A Exmo anunciou o ataque no dia seguinte e anunciou que iria reembolsar integralmente os usuários afetados. A corretora também suspendeu os depósitos e saques até que a situação fosse resolvida.
A Exmo conseguiu recuperar a maior parte dos fundos roubados, cerca de US$ 9 milhões. Os restantes US$ 1 milhão ainda não foram recuperados.
Como se Proteger?
Agora que você já está ciente dos riscos, aprenda a se proteger.
A melhor maneira de se proteger dos riscos de deixar bitcoins, e outros criptoativos, em uma corretora, é transferi-los para uma wallet, ou seja, uma carteira de criptomoedas.
Quando você armazena os seus bitcoins em uma wallet, você é o único responsável pela sua segurança.
Isso significa que você não está sujeito aos riscos de hackeamento, apreensão governamental ou eventuais falhas técnicas da corretora.
Utilizando uma carteira pessoal, uma wallet de criptomoedas, você teria controle total sobre suas chaves privadas, proporcionando assim uma camada adicional de segurança.
Veja o nosso artigo: Carteiras de Criptomoedas: as melhores de 2024
Carteiras como hardware wallets (carteiras de hardware) são conhecidas por oferecer um alto nível de proteção contra ataques online.
Dessa forma, a transferência de bitcoins para uma wallet reduziria significativamente os riscos dos quais falamos.
Portanto, é geralmente recomendável transferir suas criptomoedas para uma carteira pessoal, especialmente se você planeja manter esses ativos a longo prazo.
No entanto, é crucial escolher uma carteira confiável e adotar boas práticas de segurança, como manter backups seguros das suas chaves privadas.
Ressaltamos que a decisão de deixar bitcoins em uma corretora ou transferir para uma wallet é uma decisão pessoal que deve ser tomada com base em sua própria avaliação dos riscos e benefícios.
Se você está preocupado com a segurança dos seus bitcoins, é recomendável transferir para uma wallet.
Assista o vídeo “Ataque hacker totaliza R$3 bilhões de reais | Binance Talks” no canal Binance Brasil.
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